Tenho me esquecido que escrever é bom a mim... me sinto bem em não ter que falar somente escrever, sempre achei que o 'papel e lápis' era mais alma, era mais simples. Não precisava se policiar em dizer e/ou como dizer. . . somente é doce o escrever o expôr, nem sempre biográfico, ou até mais que biográfico. De uma viagem a lua com um gorila rosa gigante, ao simples rabisco na parede de 'te amo'. Escrever é sim meu maior prazer, e por vezes vou me privando disso, me controlando e tendo medo realmente de fazer, por talvez necessitar tanto. Eu tento somente aprender... o caminhar é por vezes só caminhar. E o escrever tem que se tornar somente escrever. Tenho perdido mais que ganhado e talvez o escrever tenha se perdido nisso tudo, tenho estado timida em dizer por si só 'preciso também de você'.
Sei que vou ouvindo, sentindo, saboreando e catando aqui ou ali, algo que possa virar letra, porque tudo em mim sempre foi mais letra que palavras. As declarações são mais letras, as atitudes são mais letras, os amigos são mais letras, os amores foram mais letras, a vida vai desenhando em mim mais letras... e então o escrever sou eu'. talvez o verdadeiro eu'. O qual tenho tentado não mais buscar. O perder trouxe também o não procurar, como também traz o não esquecer. A vida me escreve por vezes torta, por vezes tão reta que mesmo sabendo que não me procuro sei ainda acima de tudo que vou me achar e vou me achar em letras. Vou me achando em cantinhos de escrita... e queria muito poder voltar no cantinho da parede e ler: 'te amo'.
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