Sonhar já não era mais um pedido nem solução. Havia se tornado o concreto do que era perder-se e um lamento do encontrar-se. Seu ser aspirava o momento como a fugacidade de um segundo contado pelo relógio.Prendia-se em dias chuvosos,compostos da continuidade do viver; seu viver que se estendia até os lençóis de sua cama.Costumava acordar como se tivesse nascido e vindo ao mundo pela primeira vez,sempre com um suspiro gelado e misturado ao medo e prazer de existir.
Tinha o hábito de ultrapassar-se,tangenciando mentiras,estradas e espelhos. E havia momentos em que seu limite parecia não ter fim,sempre paralelo aos seus atos,tão sensíveis ao ambiente falso.Era plasticidade e vidro.
Quebrava-se facilmente,quando que,por um instinto interno,jogava o copo contra a parede e rasgava os retratos do ontem.
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