quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Não é de hoje que uma nostalgia me tomou por completo. Deu vontade de namorar de mãos dadas, e morrer de vergonha só em roubar um selinho. Uma saudade daquele tempo que beijo de língua era a maior subversão do mundo e que até a malícia que existia era uma malícia inocente. Os domingos sempre sem nada pra fazer que geravam as brincadeiras mais divertidas e inesquecíveis. Comunicar-se olhando nos olhos do outro, entender o que diziam as pupilas e confirmar com um riso no canto dos lábios; aquelas coisas que só a gente entendia. Não sei, mas tanta coisa se perdeu durante o tempo, e às vezes me dói pensar em tanta gente que passou em minha vida, dela fez parte e hoje em dia são meros conhecidos que esbarro pela rua e solto um “oi” até meio forçado. Por outro lado, até me estranho escrevendo essas linhas. Pareço uma velha relembrando décadas e décadas passadas, mas só tenho 15 anos, e a intensidade com que vivíamos aquele tempo está bem ali pertinho. E até parece que tudo foi ontem.

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