Uma dor apanhou-me hoje. Mas não era uma dor qualquer, era a dor de não ter. E não era um "não ter" qualquer: era o "não ter" você! Sim, você que está tão longe e ao mesmo tempo tão perto.
Ora, mas como isso é injusto! Lógico que eu tenho você. Ter não é tocar. Ter é conhecer, compreender, sentir com olhos e, mais profundamente, com o coração. É impressionante como,deveras, conheço-te; como através de uma expressão, um gesto, uma palavra, eu consigo decifrar-te. Ah, se eu pudesse...
Se eu pudesse?! Não, não, afasto-te idéia ...! Isso é, e será, um dos sentimentos mais ideais e puros, intocáveis, sagrados. Coloco-me diante do seu pedestal e adoro-te. Não é preciso mais nada, só a sua felicidade basta-me.
Este é o Amor, o verdadeiro Amor. Aquele que não cobra, não exige, apenas manifesta-se em forma de compreensão, de ombro amigo, de palavras de carinho e apoio. Este Amor não é caprichoso, nem egoísta, permite a sua individualidade.
Meu Amor é perfeito, mas eu não sou tão perfeita! Daria tudo para que ele não fosse tão Ideal assim ....
Eu sou
"dono de um amor sublime, mas culpado por quere-la como quem a olha na vitrine, mas jamais podera te-la"*
*Legião Urbana*