domingo, 27 de junho de 2010
Isso que chamam de amor. Ao meu ver esse sentimento tão puro esta tão banalizado que perdeu totalmente o significado. Nunca acreditei nesse "os opostos se atraem" assim como nunca acreditei em alma gêmea. Me dizem sempre que um dia eu vou encontrar o cara que vai mexer com os meus sentidos ao ponto de me fazer ficar trêmula com as mãos suadas sem saber o que falar. Mas na minha concepção isso tudo não passa daquela doce ilusão sabe? É uma ilusão sim, porque se todas pessoas tivessem alma gêmea, e se essa alma gêmea fosse perfeita, não existiriam homens infiéis, muito menos amores não correspondidos. Ainda que minha vida vai muito bem e não acredito hoje que preciso de um cara do meu lado pra fazê-la melhor e nem do homem certo, porque convenhamos que não existe. O máximo que hoje em dia existe são meninos que melhor se encaixam em você. Porque o resto? O resto é o que se ouve em conto de fadas... Então, por favor, entenda o que eu custei a entender: "eu te amo" não é "bom dia". Só pronuncie essas três palavras quando tiver certeza que esta as usando corretamente!
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Difícil mesmo, é pensar que na maioria das vezes eu estou odiando alguma coisa. Seja lá o que for que odeio tanto, vivo basicamente por este não suportar muitas coisas, mais como suportar pessoas que são tão pessoas, sentimentos que são tão sentimentos.
Não sei se só eu penso assim, mais impossível suportar a ideia de que pareço já ter vivido tudo isto, e sei como agir cada pequeno pedaço de cada pequeno ser, e engraçado mesmo é pensar que quase nunca me surpreendo e quando acontece me parece ser roubado uma parte única de mim. O conhecimento de algo que nem eu mesma saberia explicar. Não sei explicar e quando tento o fazer pareço me perder em milhares de pedaços estranhamente malucos e sem nexos, mais é como se eu soubesse como cada passo pode ser dado, como se cada pequeno gesto fosse já previsto por mim a algum tempo, e isso me irrita pelo fato de eu simplesmente 'saber'. Paradoxo e irônico pensar assim. Afinal o que mais busco é saber, mais quanto mais sei do outro, mais me limito a ser 'Eu', mais passo a ser a metade estranha e dolorida de querer odiar um todo. Nem sei se de todo mal isso seja válido, sei que de todo mal sou eu feita, o que de fato não é tão ruim. Afinal mal é um dos poucos prazeres que resta ao ser, o poder ser maligno para poder se sentir imenso e pequeno ao mesmo tempo, e o que ainda mais me irrita é esta necessidade imensa de eu querer me explicar, como se fosse aliviar algo para mim mesma, como também fazem a maioria das pessoas, tentam se justificar de o porque serem, ou agirem. Simplesmente aprende-se com o tempo que explicar-se, ou querer explicar o outro é tão impossível quanto saboroso e inóspito. Porém, contraditório é realmente pensar que vivemos por um único e imenso fim.
Não sei se só eu penso assim, mais impossível suportar a ideia de que pareço já ter vivido tudo isto, e sei como agir cada pequeno pedaço de cada pequeno ser, e engraçado mesmo é pensar que quase nunca me surpreendo e quando acontece me parece ser roubado uma parte única de mim. O conhecimento de algo que nem eu mesma saberia explicar. Não sei explicar e quando tento o fazer pareço me perder em milhares de pedaços estranhamente malucos e sem nexos, mais é como se eu soubesse como cada passo pode ser dado, como se cada pequeno gesto fosse já previsto por mim a algum tempo, e isso me irrita pelo fato de eu simplesmente 'saber'. Paradoxo e irônico pensar assim. Afinal o que mais busco é saber, mais quanto mais sei do outro, mais me limito a ser 'Eu', mais passo a ser a metade estranha e dolorida de querer odiar um todo. Nem sei se de todo mal isso seja válido, sei que de todo mal sou eu feita, o que de fato não é tão ruim. Afinal mal é um dos poucos prazeres que resta ao ser, o poder ser maligno para poder se sentir imenso e pequeno ao mesmo tempo, e o que ainda mais me irrita é esta necessidade imensa de eu querer me explicar, como se fosse aliviar algo para mim mesma, como também fazem a maioria das pessoas, tentam se justificar de o porque serem, ou agirem. Simplesmente aprende-se com o tempo que explicar-se, ou querer explicar o outro é tão impossível quanto saboroso e inóspito. Porém, contraditório é realmente pensar que vivemos por um único e imenso fim.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Dor é assim mesmo, arde, depois passa. Que bom. Aliás, a vida é assim: arde, depois passa. Que pena. A gente acha que não vai agüentar, mas agüenta: as dores da vida. Pense assim: agora tá insuportável, agora você queria abrir o zíper, sair do corpo, encarnar numa samambaia, virar um paralelepípedo ou qualquer coisa inanimada, anestesiada, silenciosa. Mas agora já passou. Agora já é dez segundos depois da frase passada. Sua dor já é dez segundos menor do que duas linhas atrás. Você acha que não, porque esperar a dor passar é como olhar um transatlântico no horizonte estando na praia. Ele parece parado, mas aí você desvia o olho, toma um picolé, lê uma revista, dá um pulo no mar e quando vai ver o barco já tá lá longe. A sua dor agora, essa fogueira na sua barriga, essa sensação de que pegaram sua traquéia e seu estômago e torceram como uma toalha molhada, isso tudo - é difícil de acreditar, eu sei - vai virar só uma memória, um pequeno ponto negro diluído num imenso mar de memórias. Levante-se daí, vá tomar um picolé, ler uma revista, dar um pulo no mar. Quando você for ver, passou.
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