quinta-feira, 28 de janeiro de 2010


É chegada a hora de rever velhos conceitos, mudar opiniões, reciclar o pensamento. Hora de dor que abre os olhos da alma e nos coloca à prova do mundo.
Há uma imensa janela e o que a partir dela se vê é o abismo. Onde está o limite que delineia o fim? Neste momento mudamos, tardios e desolados, mesmo sabendo que o "pulso ainda pulsa", como já dizia a música do Titãs. Estamos mutilados e sob o efeito de um reflexo de luz que arde os olhos (como quando ficamos por horas sem vê-la). Sente-se a ausência da certeza e, então, a certeza do vazio corroendo este chumbo de verdades concretas, inabaláveis e...frágeis.
Tão frágeis que se desaguam e se desmancham, correndo pelos caminhos curvilineos da razão passional de outrora, que se desfez em tormento, dor e lamentação.
A angústia da não-satisfação é uma das mais cortantes e agudas. Fonte das mais loucas ansiedades e insegurança. Medo inconstante do desconhecido que atormenta mesmo sem dó nem piedade, incessante e corriqueiro. Pesado e despudorado.
Nó que ata e demora a desatar na garganta, que abre e fecha tentando engolir seco o orgulho ferido. O desconhecido sempre amedronta por não saber o alvo certo a ser combatido. O coração acelera na velocidade dos pensamentos tortuosos e incontroláveis - limite tênue entre a tristeza e o desespero em vão.
Olhos respondem marejados ao sentimento que sufoca a alma e o peito. A única certeza é a não-certeza de todas as coisas no mundo. Esse é o mistério da vida.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Dentro da noite veloz, o silêncio de sons e sombras desliza ,em cores enluaradas através da trilha brilhante. A madrugada traz sentimentos escondidos, traz à tona fantasias, pensamentos e sonhos...enquanto as estrelas vibram, num maravilhoso som celestial e misteriosamente lindo. Minha sombra se confunde entre os vultos, numa dança mágica. Enquanto os seres noturnos velam pelos amores secretos, lagartasaguardam a luz do dia para voarem, borboletas. E a música da terra soa pura, tocada por anjos e cantada por fadas!
As árvores tecem, calmas, o mantra dos ventos, apontandoo céu, como um louvor à natureza... lembrando que cada momento é abençoado pelo UNIverso, que cada ser vivo é ILUMINADO!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A noite é fria... As lembranças são quentes, e os pensamentos fervem! Talvez eu tenha passado o dia um pouco triste, mas não o suficiente para me abalar a ponto de desejar uma fuga alcoólica, por exemplo. Não. Permaneci em um nível sublime de sentimentos, tendo paz na lembrança de um olhar. Saudades, esta é a grande realidade de meus dias.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Não posso mais amar ao que não conheço. Não por falta de amor ou de querer, falando a verdade mesmo é mais por falta de quem amar. Amo meus pais, amo meus irmãos, amo minhas avós, mas isso não supre o excesso de amor que dentro de mim tem de montes. Se o amor fosse caixas de encomendas, estaria eu com todo o espaço ocupado por elas e talvez até andaria dentro d’uma delas. Não é fácil encontrar alguém, além do mais não é somente pegar a primeira pessoa que eu ver passar na rua e dizer “-Você é o meu amor de agora em diante.” Não se escolhe amor. Também não se implora por ele, acho que amor não tem a ver com humilhação.Creio que pedir, sim. Pedimos por amor de maneiras sútis e frágeis que não há declaração de amor mais sublime. Pedimos amor com os olhos, quando nosso coração bate mais rápido e a sensação que se tem é que ele parou. Pedimos amor com um sorrisão tão lindo que sua antenticidade não pode sequer se questionar. E pedimos amor com o coração, quando ele aponta na direção de um alguém, sussurrando baixinho no nosso ouvido -”Aquele alí.” Basta ele dizer isso e já estamos pedindo por amor.
Mas já faz algum tempo que o meu coração permanece emudecido… Algumas vezes ele até solta um suspiro ou outro, mas não passa disso. Eu não quero suspiros, eu quero berros! Quero sentir meus tímpanos explodirem tamanha a vibração do som do meu coração pedindo. Quero longos suspiros que partam da minha boca e também quero meus olhos se enchendo de ternura ao olhar pra alguém. Quero me sentir viva de novo, de uma maneira que só se sentindo pra entender, não adianta explicar. Amar não é para fracos, é para os fortes. Só se ama quando se supera toda e qualquer arrogancia e sensatez, porque do amor é feito também a falta do senso. Não se precisa de senso para amar, é preciso de amor para amar, e isso todos nós temos, nem que seja fracionado, parcelado ou escondido, temos dentro de nós. A razão não ajuda também, não colabora. Quando se é sensata, se perde as melhores partes do sentimento, que é saborear a imaginação do futuro ao lado do objeto do amor. Sentir amor e sentir-se amada é do tipo que te leva à lua e te deixa lá. Quero que um simples beijos virem sinfônias aos ouvidos, quero que o calor que emana do corpo do ser amado queime com chamas carinhosas meus dedos e de tanto querer começo a desejar. Desejo tão intesamente, e dizem que quando se quer muito algo, ela logo está por vir. Então desejo também que não demore! A solidão deseja férias e eu vou dar o que ela quer, e se possivel, assim que ela voltar ao trabalho, demiti-la imediatamente.
Pedir amor é o ato mais humano que se há de fazer. Sussurras ternuras ao pé do ouvido é a conquista mais gostosa que todo e qualquer ser humano pode imaginar e querer. Pedir amor é pedir vida.
Tudo o que escrevo é igual. Jamais chegarei ao agudo do diferente. Inclino-me sem esperança ao alcance daquilo que não posso tocar: tudo aquilo que é extremo e distinto. O esforço que para mim é em vão, contudo, não é de longe minha dor, é minha alegria de não ter que fazer coerência com o que digo. Tudo que vou dizendo é palpável, não invento nada. Eu escrevo manso, com mãos humildes de analfabeta. Mas eu sou feliz. Felicidade difícil eu sei, mas felicidade. E acredite também quando digo que é com dificuldade com que escrevo, pois na verdade eu não sei escrever, o que eu faço aqui é história real, dura e transparente. E ser transparente é ser extremo, extremo pela verdade que devemos ao mundo. E é nessa extremidade que invado o universo do diferente. Do oco.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Ela não o queria dela. Queria apenas acompanhar a respiração dele, e saber o que o silêncio diria naquele momento. Queria saber dele nada mais que o nome, ou nem isso, e enxergar nos olhos dele o que se fazia necessário saber. Queria ouvir os pensamentos dele, e senti-lo como o vento que invadia pela janela aberta e batia forte em sua cara. Queria sentir sua pele arder de contato, queria senti-lo junto, no mesmo ritmo. Queria seus corpos fundidos, um só, fundindo assim também suas dores e êxtases. Queria senti-lo forte, bem forte. Queria ela e ele assim desconhecidos. Ela não o queria dela.E sabia que sua casa já estava perto, e ele a deixaria lá despedindo-se apenas e sem jamais imaginar o que se passava em sua cabeça de menina. Sentiu então uma vontade enorme de dizer que ela não o queria dele – mas ele provavelmente nunca viria a saber sequer que ela o queria junto.E foi justo com ele, que ela conhecera há alguns minutos e só – foi justo com ele que aconteceu essa coisa estranha que lhe pulsava por dentro. Ela tinha a confiança de quem gosta por assim sentir, e não por ter um motivo – e ela nunca havia conhecido esse tipo de sentimento que chega assim, de repente, avassalador. Sentimento grande, enorme.Então ela olhou-o, ali mesmo do banco do passageiro. Ele não percebeu e continuou prestando atenção na estrada. Ela não entendeu e nem procurou entender o que sentia – àquele estranho ela já se entregava completamente, em pensamento. Ele que provavelmente nem a percebia ali. Então ela devorou-o com os olhos, e sentiu junto, tão junto, coesos como mar e céu. Desejou então viver pra sempre naquele momento, e desejou que a estrada fosse infinita.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Trazia alegria nos cabelos.
Seu corpo balançava na cadência do vento e seu olhar pedia pra ser lido.
O rosto, se emoldurado em tela, poderia ser apreciado como uma pintura de natureza viva.
Desabrochou o sorriso que tanto me desperta e eu o colhi com um nó a mais na garganta.
Passou despertando desejos e mais...
Vê-la existindo, faz a vida fazer de conta que faz algum sentido!

Quem sou eu?


Não sei ao certo, mas sei o suficiente para conviver bem comigo.Primeiramente tenho que admitir que sou um complexo de EU’s... Sou no mínimo dual, pois desses EU’s consigo identificar bem o que sente e o que pensa. Talvez essas sejam as minhas facetas dominantes. O EU que sente costume me conduzir pelos caminhos enquanto o EU que pensa fica a me alfinetar, no intuito de desviar os meus passos do itinerário escolhido...ou será o contrário? Só sei que no final acabam se entendendo.Outra dualidade refere-se à minha maneira de enfrentar as dificuldades do cotidiano. Em termos de fragilidade sou metade cristal e metade diamante, acho que sou um cristal por fora e um diamante por dentro... ou será o contrário?Tem mais uma coisa relevante em mim, e disso não sei ao certo se gosto...é que não tenho medo. Melhor dizendo, o medo não me amedronta...é bem verdade que de altura tenho pavor, mas acredito que sei voar!
Considero-me uma pessoa feliz, "fico triste só para descansar". Meus alicerces estão em coisas internas e sólidas, por isso as instabilidades do cotidiano dificilmente me abalam. Muitas vezes até me norteiam, pois servem tal como uma tapa na cara de um histérico...acordam para a realidade!Enfim, sou uma eterna menina - sonhadora. Mas uma forte mulher – realizadora. Gosto de intensidades e de mistérios. Fascina-me a voz do silêncio e as palavras do olhar... "o que me guia é um senso de descoberta." Assim, sigo tentando permanecer em equilíbrio na corda bamba esticada sobre o meu caminho...se cair? Levanto outra vez!!!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Ainda acho que precisamos evoluir, e saber que de fato agora existe e é onde se faz valer toda a pena, claro que se torna clichê dizer: "Viva o agora porque ele quem faz sentido". Porém já parou para pensar no quanto se perde ao pensar somente no amanhã. No como caminhar amanhã, no se levantar amanhã antes ou depois do horário vai interferir em sua vida cotidiana, enquanto tudo isso se passa em sua mente. Você passa pelo agora planejando um futuro deixando que o agora se torne simples passado, e bem o que contará no seu futuro que estava por planejá-lo simplesmente, que não muito a dizer pois não me lembro de muito somente me lembro de planejar.
Confesso que quero poder viver muito o agora. O que sinto agora, o que falo agora, o que simplesmente desejo agora. O amanhã quando chegar passo a pensar no que acontecerá porque irá se tornar agora. Não maldigo o passado ou futuro. Só não quero ter que planejá-los ou me arrepender. Quero não ter que, ler minhas mãos para saber que vou viver tanto a ponto de encontrar um grande amor. Me furtar de tantas coisas por ele. E morrer feliz por te-lo encontrado. Não preciso de uma bola de cristal me dizendo que terei que lutar por meu campo profissional pois demorarei a ter algo concreto mais será válido o esforço... Não é nada além do que sei que posso viver. Então não me programe. Deixe-me com meu agora, e viva também o seu agora. Porque fará mais sentido que planejar o futuro ou se frustrar por um passado.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Meu anjo, meu amor, minha única paixão, minha vida. Eu não tenho palavras para te descrever, tu és a melhor pessoa que Deus já fez.
Eu te amo, e tenho muito medo de ti perder. Você sim é a minha mãe.